quarta-feira, 28 de novembro de 2012

MEU BAIRRO QUERIDO -GRAÇA


Tomando como parâmetro a presença do homem branco em terras baianas, sem dúvida que a Graça é a mais antiga localidade de Salvador, desde que Diogo Álvares Correia naufragou nas costas do Rio Vermelho por volta de 1509/1510, enquanto Francisco Pereira Coutinho, o primeiro donatário, somente aqui chegou em 1936, instalando-se na Vila Velha, a Barra de hoje.
Evidentemente que Diogo Álvares Correia instalando-se na Graça, sede dos índios que o capitulou, de logo procurou  um casario próprio e até uma igreja, desde que não se acredita que as suas “relações  com as índias, especialmente Catharina, fossem urdidas em tabas coletivas. Deveria ter havido certa intimidade.

Diogo Álvares Correia, cidadão português nascido em Viana do Castelo, Portugal, em 1475. Faleceu em 1557 na Bahia Viveu, portanto 82 anos. Um homem incomun para a época.Morria-se aos 30 anos. Ele viveu quase trêz vezes mais. Haja índias. Deixou uma prole numerosa.
Poema Épico
 
E, admitindo-se que não só Diogo Álvares tenha sido o único sobrevivente – outros também o foram – todo esse pessoal também tenha construído unidades habitacionais próprias, independente das coletivas então existentes.
Esse clima de dúvida que os dizeres acima deixam transparecer tem só um culpado: Frei José de Santa Rita Durão que 300 anos após o feito, publicou o poema épico denominado  CARAMURU – POEMA ÉPICO DO DESCUBRIMENTO DA BAHIA. Assim mesmo, descubrimento com “u”.
Virou verdade histórica quase todo ele. Criou-se a figura de Caramuru e seu bacamarte mágico que abateu um passarinho e assustou os índios; antes ele tinha emergido das pedras como se fosse um caramuru verdadeiro; tem também a história de um elmo que o náufrago teria usado, mas quando o frei passou a descrever a índia Paraguaçu, como sendo uma mulher cuja pele era da cor da neve, aí ficou demais.
Um elmo -Pesa quase 100 quilos. Para um náufrago seria uma poita.

Pois bem! Justamente nesses termos ensina-se nas escolas de todo o País: uma forma idílica de nossa história, mas uma falsa história,  muito mal feita.
É este bairro que passamos a percorter nos dias de hoje:
 
Rua da Graça - Inicio no Largo da Vitória
Rua da Graça e já o Largo da Graça
 
Largo da Graça
Rua da Graça de muitas árvores

Av. Euclides da Cunha - Continuação da Rua da Graça após o largo
 
Av. Princesa Leopoldina
Ainda a Princesa Leopoldina
Igreja da Graça- Belíssima
Extraordinária Mansão - Dos Carvalhos


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