Salvador, a Barra especialmente,
foi brindada com duas novas opções de lazer: andar de bicicleta e de caiaque.
Tudo bem! Estávamos realmente precisando de algo mais desde que nos tiraram as
barracas de praia e agora querem tirar as baianas também, ou seja, estamos
sem poder comer um tira gosto com certo conforto e tomar uma cerveja na sombra.
Ficamos limitados aos pastéis e empadas dos ambulantes e o uso de refrigerantes
e cervejas gelados em isopores nem sempre ou nunca higienizados. (nesse último
caso, o gelo é colocado no isopor que não foi devidamente lavado antes da operação,
ele que estava guardado por ai em casas velhas ou mesmo na rua).
Contudo, temos talvez importantes
observações a respeito dessas duas novas atrações. De relação às bicicletas, sem dúvida que será um atrativo, especialmente se houver uma faixa de segurança para a sua circulação.
Já de relação aos caiaques que
estão sendo alugados – pelo menos é o que se presume pela sua exposição em
frente ao Forte de Santa Maria, temos um grande aviso a fazer. Quem vos escreve
tem larga experiência no assunto que irá tratar. A Barra não é lugar para o uso
de caiaques a pessoas sem uma certa experiência, até profissional. Vamos aos
fatos:
1) Os
caiaques não podem ser usados a 20 ou 30 metros da praia do Porto. Nesse espaço
estão os banhistas e são centenas deles. Haveria abalroamentos a toda hora com
sérios riscos até à vida.
2) Conseqüentemente,
eles terão que circular na faixa entre 40 a 50 metros para fora e sabem o que
acontece nessa distância: uma super correnteza que, nas marés de vazante, joga
as embarcações de qualquer natureza para fora e aí fica difícil mesmo para
profissionais. Sabem qual é o destino? o boião sinalizador que fica quase em
frente ao farol. Se os remadores não forem bons vão cair fora da barra.
A propósito, não é a primeira vez
que se tenta o uso de caiaque no Porto da Barra. Há alguns anos atrás um senhor
alugava os primeiros caiaques que haviam sido lançados àquela época. Trazia-os (2) em cima de um carro e os colocava na praia. Num determinado dia,
grande maré de vazante, uma casal alugou um caiaque cada qual (era individual).
Em pouco tempo foram parar fora da Barra. Foi preciso uma lancha que saiu do Iate
Clube prestar socorro.
O traço vermelho limita o espaço destinado aos banhistas. Até os barcos dos pescadores do local têm que apoitar fora desse limite. Os dois traços amarelos indicam a rota dos caiaques, algo em torno de 50 a 60 metros da praia e os traços verdes mostram o sentido da correnteza de vazante na área. A velocidade da correnteza fica entre 1 a 3 nós/segundo, ou seja, 5 a 15 metros a cada segundo. É muita força!
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