segunda-feira, 16 de setembro de 2013

QUALIDADE OU QUANTIDADE

Todo o Brasil está em expectativa pelo voto decisivo do ministro Celso Mello sobre a diminuição das penas dos acusados do chamado Mensalão. Se favorável ninguém vai para a cadeia e, praticamente, tudo termina numa grande e gigantesca pizza. Aliás, vírgula, o único que poderá cumprir pena em regime fechado é o senhor Marco Aurélio, em nosso entender o menos culpado de tudo isto, desde que foi ele a “formiguinha” trabalhadora para que o dinheiro envolvido na questão, chegasse às mãos dos senhores deputados e afins. Ele não era político e a questão é, essencialmente, político-partidária.

Ministro Celso Mello

A pergunta que se faz é como reagirá o povo caso o veterano ministro incline-se favorável aos mensaleiros, como são chamados os protagonistas do maior escândalo que a política brasileira tem conhecimento.
Maior escândalo? Nada disso segundo o Ministro José Roberto Barroso, recém nomeado. Só que ele está mensurando os ‘escândalos” pelo valor dos desvios de dinheiro público. Diz ele que, enquanto o escândalo do Mensalão está na ordem de 150 milhões de reais, a dos anões do Orçamento foi estimado em alguns bilhões e aquele da construção do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo em 1999, provocou desvios  em torno de 2 bilhões.
Pelo que se nota, o nobre ministro está avaliando cada escândalo pelo seu valor monetário (quantidade) e não pela repercussão negativa do feito (qualidade). Foram envolvidos dezenas de políticos, inclusive uns bem próximos da Presidência da República.
Sinceramente, esperamos que não haja nenhuma reação do povo, desde que o País está cansado dessas manifestadões que o prejudica de muitas formas. Pensem! As eleições de aproximem e ai sim, nesta ocasião, manifestem-se a favor ou contra ao que aí está, elegendo pessoas de bem que interfiram na “base”, ou no “cerne” da questão que é de moralidade dos homens e mulheres que comporão as Assembléias Legislativas do País.
Precisamos de novas leis, inclusive uma que modifique a indicação de ministros de tribunais pelas pessoas que poderão ser julgadas por eles próprios. É uma incongruência! Numa hora como esta mistura-se qualidade com quantidade.


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