COROA
Quem mora em Itapagipe conhece
muito bem a “formação” de pedras que estamos vendo na foto acima. Ela só
aparece nas grandes marés de vazante, de manhã, por volta das 10 horas, impreterivelmente, estendo-se até no máximo 11
horas quando a força da enchente cobre o local. Fica bem em frente ao Poço, a
praia anterior ao Bugari na extremidade da Penha.
Bem mais fora, existe outra
formação de corais chamada Lixa, mas pouco se vê de sua extensão pedregosa Só em grandes marés de vazante no mês de março..
Recentemente nos deu na cabeça
como chamávamos aquela primeira formação (da foto) ao tempo que pescávamos
caramuru, lagosta e até peixes nas suas locas com um bicheiro e um jereré de cabo.
Jereré em cima e arpão em baixo
As lagostas e os caramurus são mais ou menos estáticos, isto é, ficam sempre no mesmo lugar entocados. Usávamos apenas o bicheiro. Já os peixes forçava-nos a uma estratégia envolvendo tanto o bicheiro quanto o jereré. Colocávamos o jereré numa das extremidades da loca e acionávamos o bicheiro desde o outro lado, levando os peixes em direção ao jereré. Os peixes de locas, geralmente não tentam escapar saindo da loca; inclinam-se a percorrer seu espaço até não poder mais.
Procuramos antigos companheiros
daqueles tempos e/ou moradores do local que sabíamos pescavam da mesma forma. Encontramos
Roberto Macedo que, em não se lembrando, consultou Paulinho França. Este disse
que o local é conhecido como “Pedras do Poço”, desde que se localiza em frente
ao Poço.
E ai num lampejo de memória
lembramos do nome: COROA.
Sim. Pode ser até Coroa do Poço
mas não somente “Pedras do Pôço” caríssimos Roberto e Paulinho. Um grande
abraço.
Nenhum comentário:
Postar um comentário