A imagem acima é extraordinária.
É um momento de maré de vazante em Itapagipe. São precisamente 10 horas da
manhã, ápice de um fenômeno que só acontece nessa localidade. O mar recua
centenas de metros e então surgem dezenas de coroas de areia e pedra. Acima,
uma delas, onde mariscam algumas pessoas. Em baixo, contudo, existe uma faixa
de mar que permanece como que intocável. É chamado de poço. Trata-se de uma
depressão com uma profundidade de 1 metro hoje em dia, mesmo nas marés baixas, alcançado 3
a 4 metros nas marés cheias. Pouca gente dá importância ao fenômeno, aliás, a
maioria desconhece sua existência. Nesse rol, podemos incluir os poderes
dessa cidade.
Para se ter uma melhor idéia, a
alguns anos atrás, esse poço tinha uma profundidade de 3 a 4 metros, mesmo nas
marés baixas. Agora, sua profundidade na baixa é de menos de 1 metro. Deve
estar entupido de “sujeira”, de pedras, etc. etc. e seria simples a correção desse
problema: é só dragá-lo.
Mas por que dragá-lo, gastar
dinheiro como fizeram com a dragagem de areia de suas proximidades para os
Alagados do Porto dos Mastros? Simplesmente porque esse fenômeno é raríssimo em
todo o mundo. Podemos citar dois casos:
Poço no Caribe
Piscina de Champagne",
com águas borbulhantes que lembram a bebida (Foto: Divulgação/Waiotapu)
Pois bem! Esses dois poços são
uma grande atração turística em seus países. O nosso poderia também sê-lo, não
é verdade?
O nosso poço visto na horizontal da praia e da rua descalça. Uma pena!
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