Dissemos anteriormente que Tomé de Souza havia doado aos padres jesuítas um terreno ao lado de fora da Porta de Santa Luzia para que eles construíssem uma igreja no Alto de São Bento, onde hoje está localizada a Igreja de São Sebastião da Bahia e o Convento de São Bento। Postamos o feito dias atrás, dessa forma:
“Uma das razões da demora do crescimento de Salvador rumo ao sul, deve-se ao fato de que logo ali em cima, nas proximidades da porta de Santa Luzia, mais ou menos entre São Bento e São Pedro, existia uma aldeia indígena. É compreensível essa ocupação. Na região havia a nascente do Rio das Tripas, este com inicio na Barroquinha. Também o local era próximo ao mar que se alcançava descendo as encostas da Preguiça.
Foi preciso muito escambo para convencer os índios a deixar o local, afastando-se um pouco. Corria o ano de 1553. Diz-se que Diogo Álvares Correia, o Caramuru, teria cedido as terras aos beneditinos. Não confere com a sequência dos fatos. As terras já estavam ocupadas pelos jesuítas quando os beneditinos chegaram ao Brasil. Esses, sim, teriam cedido o espaço aos mesmos, já que tinham preferências mais significativas no lado norte da cidade. Antes, construíram uma pequena capela onde hoje se acha a igreja.
Como única alternativa, os beneditinos começaram a construir uma igreja maior e ainda idealizaram um mosteiro. Infelizmente, esse trabalho inicial foi quase todo destruído quando das invasões holandesas em 1624.”
Essa é a versão corrente na maioria dos livros consultados, dos sites a respeito, quase um consenso. Mas quando se pesquisa assiduadamente, muitas “evidências” podem cair por terra. principalmente em história. É bastante surgir um documento, um mapa, a percepção de um detalhe, e tudo pode mudar. É o caso presente.
Antes da construção da igreja, fora construído no local um belíssimo forte com domínio visual de grande parte do mar, lá embaixo. Altíssimo poder de fogo, ou de bala. É o que nos mostra o mapa acima, possivelmente do século XVI. O forte é visto à direita do documento.
Consequentemente, o alardeado bombardeio que a Igreja de São Sebastião teria sofrido durante as invasões holandesas, em verdade, foi o forte que foi alvo. Claro! Ela estava rechaçando o ataque que vinha das caravelas flamengas. Vomitava fogo. Recebeu de volta.
Mais um alvo dos holandeses na ocasião foi o Palácio do Governo. No caso, ali estava o comando da cidade.
Outra evidencia histórica que esse mapa nos oferece é a presença em traços marcantes do Quartel do Carmo. Está à esquerda do lado da Porta de Santa Catharina, norte da cidade. Também cheio de canhões. Mas, Quartel do Carmo? Sim, não é outro senão o atual Forte de Santo Antônio Além do Carmo. Já existia naquele tempo, contrariamente às citações de que ele fora construído no século XVII. Pode ter sido no atual estilo e molde. Efetivamente, contudo, já fazia parte do sistema de segurança da cidade, mui justamente. Da mesma forma que em São Bento, o alto de Santo Antônio oferecia um panorama extraordinário da parte baixa de Salvador por onde chegavam as caravelas inimigas.
“Uma das razões da demora do crescimento de Salvador rumo ao sul, deve-se ao fato de que logo ali em cima, nas proximidades da porta de Santa Luzia, mais ou menos entre São Bento e São Pedro, existia uma aldeia indígena. É compreensível essa ocupação. Na região havia a nascente do Rio das Tripas, este com inicio na Barroquinha. Também o local era próximo ao mar que se alcançava descendo as encostas da Preguiça.
Foi preciso muito escambo para convencer os índios a deixar o local, afastando-se um pouco. Corria o ano de 1553. Diz-se que Diogo Álvares Correia, o Caramuru, teria cedido as terras aos beneditinos. Não confere com a sequência dos fatos. As terras já estavam ocupadas pelos jesuítas quando os beneditinos chegaram ao Brasil. Esses, sim, teriam cedido o espaço aos mesmos, já que tinham preferências mais significativas no lado norte da cidade. Antes, construíram uma pequena capela onde hoje se acha a igreja.
Como única alternativa, os beneditinos começaram a construir uma igreja maior e ainda idealizaram um mosteiro. Infelizmente, esse trabalho inicial foi quase todo destruído quando das invasões holandesas em 1624.”
Essa é a versão corrente na maioria dos livros consultados, dos sites a respeito, quase um consenso. Mas quando se pesquisa assiduadamente, muitas “evidências” podem cair por terra. principalmente em história. É bastante surgir um documento, um mapa, a percepção de um detalhe, e tudo pode mudar. É o caso presente.
Antes da construção da igreja, fora construído no local um belíssimo forte com domínio visual de grande parte do mar, lá embaixo. Altíssimo poder de fogo, ou de bala. É o que nos mostra o mapa acima, possivelmente do século XVI. O forte é visto à direita do documento.
Consequentemente, o alardeado bombardeio que a Igreja de São Sebastião teria sofrido durante as invasões holandesas, em verdade, foi o forte que foi alvo. Claro! Ela estava rechaçando o ataque que vinha das caravelas flamengas. Vomitava fogo. Recebeu de volta.
Mais um alvo dos holandeses na ocasião foi o Palácio do Governo. No caso, ali estava o comando da cidade.
Outra evidencia histórica que esse mapa nos oferece é a presença em traços marcantes do Quartel do Carmo. Está à esquerda do lado da Porta de Santa Catharina, norte da cidade. Também cheio de canhões. Mas, Quartel do Carmo? Sim, não é outro senão o atual Forte de Santo Antônio Além do Carmo. Já existia naquele tempo, contrariamente às citações de que ele fora construído no século XVII. Pode ter sido no atual estilo e molde. Efetivamente, contudo, já fazia parte do sistema de segurança da cidade, mui justamente. Da mesma forma que em São Bento, o alto de Santo Antônio oferecia um panorama extraordinário da parte baixa de Salvador por onde chegavam as caravelas inimigas.
Tinha mais um detalhe: lá em baixo, na Bacia da Água de Meninos, estava o altivo Forte Santo Alberto. Trabalhavam juntos, coordenando forças.
Se não bastasse tanto, ainda esse mapa nos mostra outro forte, no alto à esquerda: o Forte das Palmas, também um lugar alto e estratégico.
Muito possivelmente, hoje no local temos a nossa extraordinária Igreja das Palmas. Acabava o forte e a sua função de segurança, chegavam os padres com outros desígnios, espirituais sem dúvida.
Vista essa parte de segurança que o mapa sugeriu divinamente, há de se reparar no alto do mesmo, o nosso conhecido Rio das Tripas,afluente do Rio Camurugipe, onde hoje se acha a Avenida J.J. Seabra। À direita, onde se inicia, desde que suas fontes estão localizadas entre São Bento e São Pedro, vê-se um espaço mais largo, quase um lago, onde hoje se situa a Barroquinha। Depois ele segue seu caminho, grande parte em baixo da terra, desde que foi quase todo tubulado, e vai desembocar na Boca do Rio।
Av. J.J. Seabra
Sem dúvida, uma área importante da cidade. Fornecia a água para a sua população, além de verduras e até peixe. No local ficavam as hortas que são citadas no mapa como sendo “ortas”. No final, é a mesma coisa
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