Concluindo as postagens sobre a Praça Castro Alves, resta-nos ver o que havia a mais ao seu redor ontem e como ela é hoje e já projetando o seu futuro como é o caso da maquete do Hotel Fazano que será construído no prédio do jornal A Tarde, mantendo praticamente a sua fachada. Que bom!
Futuro Hotel Fazano
A foto acima mostra-nos com destaque o Ed. Sulacap, construído em 1940. Ele limita um dos lados da Praça Castro Alves, contudo o que mais chama atenção nesse flagrante são os quatro prédios ao final da subida da Ladeira da Montanha. São impressionantes! Porque foram destruídos? A fim de oferecer uma melhor visão da parte baixa da cidade? Quebrava a harmonia do local? Nada disto! Pura insensibilidade.
Por volta de 1912, uma febre de reformas assolou a cidade. Queriam porque queriam “alargar as ruas da cidade” e aí foram destruindo o que havia pela frente. Até a antiga Catedral foi na onda. Dizem que também parte do Mosteiro de São Bento e outras relíquias que ficavam no trajeto do que seria hoje a Av. 7 de setembro.
Concomitantemente, na parte baixa da cidade, aterrava-se grande parte do bairro do Comércio para a construção do porto. Fazia-se também a Avenida da França e a Miguel Calmon. Esta tinha na frente o belíssimo prédio da Associação Comercial da Bahia, uma das relíquias arquitetônicas de nossa cidade. Quiseram também destruí-lo. Só não conseguiram porque os trapicheiros não deixaram. Foram eles que financiaram a obra. Depois de muita negociação, resolveram contornar o monumento à sua frente.
Nesse ponto, aqui vale uma opinião de um internauta de São Paulo sobre Salvador. Ele recebia de um amigo uma série de fotos da Salvador antiga. Fez o seguinte comentário:
“Juntando o que ainda existe com o que foi destruído, Salvador seria hoje uma das maiores cidades do mundo”.
Pois bem, no local dos quatro prédios acima mencionados na subida da Ladeira da Montanha, funcionava até há pouco tempo um estacionamento em dois os três níveis, acompanhando o declive da ladeira.
Por volta de 1912, uma febre de reformas assolou a cidade. Queriam porque queriam “alargar as ruas da cidade” e aí foram destruindo o que havia pela frente. Até a antiga Catedral foi na onda. Dizem que também parte do Mosteiro de São Bento e outras relíquias que ficavam no trajeto do que seria hoje a Av. 7 de setembro.
Concomitantemente, na parte baixa da cidade, aterrava-se grande parte do bairro do Comércio para a construção do porto. Fazia-se também a Avenida da França e a Miguel Calmon. Esta tinha na frente o belíssimo prédio da Associação Comercial da Bahia, uma das relíquias arquitetônicas de nossa cidade. Quiseram também destruí-lo. Só não conseguiram porque os trapicheiros não deixaram. Foram eles que financiaram a obra. Depois de muita negociação, resolveram contornar o monumento à sua frente.
Nesse ponto, aqui vale uma opinião de um internauta de São Paulo sobre Salvador. Ele recebia de um amigo uma série de fotos da Salvador antiga. Fez o seguinte comentário:
“Juntando o que ainda existe com o que foi destruído, Salvador seria hoje uma das maiores cidades do mundo”.
Pois bem, no local dos quatro prédios acima mencionados na subida da Ladeira da Montanha, funcionava até há pouco tempo um estacionamento em dois os três níveis, acompanhando o declive da ladeira.
O antigo estacionamento- propriedade do governo
Agora, precisamos recorrer a outro foto do local para mostrar o que contornava ou ainda contorna a maravilhosa praça:
Agora, precisamos recorrer a outro foto do local para mostrar o que contornava ou ainda contorna a maravilhosa praça:
Foto obtida ainda do tempo dos bondes। Do lado direito o prédio do jornal A Tarde, substituindo o casarão que havia no local. Do lado esquerdo, onde existia o Teatro São João, incendiado em 1923, o governo construiu um prédio "quadradão" onde funcionava uma Secretaria do Governo. Hoje é o chamado Palácio dos Esportes.
Para quem tinha no local um verdadeiro monumento que era o Teatro São João, este edifício fica muito a desejar. Simplesmente horrível!
Theatro São João (com todas as letras)
Seu interior em dia de espetáculo.
Palácio dos Esportes
Cinema Guarani - Inaugurado em 1919
Ao lado do antigo Cinema Guarani, funcionava o Bar e Restaurante O Cacique, praticamente ao ar livre। Tinha uma pequena cobertura, uma espécie de toldo. Era ponto de encontro de intelectuais. À noite a coisa se misturava, desde que ao fundo do cinema funcionava o Tabaris Night Club, famosa casa de diversão dos anos 30 a 60. Fechou as suas portas em 1968. Antes exibia as “grandes” companhias de revista do Rio de Janeiro que aqui aportavam, acompanhadas pelas melhores orquestras de Salvador. Um luxo! As artistas após o espetáculo sumiam. Era a vez das prostitutas do 63 da Montanha, 11 e 13 da Gamaleira e outras menos famosas. Quem queria, terminava a noite nos bordeis respectivos e em seguida ou ia comer o feijão de Zé do Muro ali mesmo na Praça Castro Alves, ou desciam a Ladeira da Conceição da Praia para pegar o sarapatel ou o mocotó do Mercado Modelo.
Tabaris Night Clube - Aos fundos do Cinema Guarani
A marca da boemia
Espaço Cultural Barroquinha
Em 1722, Manuel Ribeiro Leitão fez a doação das terras para a construção da Capela da Confraria de Nossa Senhora da Barroquinha. Este era seu nome oficial.
A imagem de Nossa Senhora da Barroquinha é conhecida desde o século XV. A mais antiga referência da sua existência foi feita na obra “Memórias do Bispado de Leiria” – 1657-
“Por baixo das casas do cura desta igreja (De Nossa Senhora da Luz de Maceira), na concavidade que faz a altura dela, ao sítio do adro, está um oratório que fez um devoto, e nele a imagem de Nossa Senhora (que estava antes no mesmo lugar, em uma lapa que se fazia no dito barrocal).” O local também chamava-se “barroquinha”. Coisas de Portugal!
A praça foi inaugurada em 1913, contudo desde 1881 já homenageava o grande poeta, quando foram colocadas duas placas de bronze no local.“Por baixo das casas do cura desta igreja (De Nossa Senhora da Luz de Maceira), na concavidade que faz a altura dela, ao sítio do adro, está um oratório que fez um devoto, e nele a imagem de Nossa Senhora (que estava antes no mesmo lugar, em uma lapa que se fazia no dito barrocal).” O local também chamava-se “barroquinha”. Coisas de Portugal!
A estátua de Castro Alves foi fundida em São Paulo. É um trabalho do escultor italiano Pasquale de Chirico. Foi levantada em 20 de junho de 1923.Em 1971 abrigou seus restos mortais.
O poeta como que declama: A praça é do povo, como o céu é do condor...
Nenhum comentário:
Postar um comentário