Acima um mapa de Salvador de 1672, Vê-se os quadrados (largos) com os quais foi planejada. À direita a hoje Praça Castro Alves; no centro a Praça Municipal e à esquerda, a Praça da Sé e Terreiro de Jesus. Os terrenos à direita seriam hoje São Bento e São Pedro; os da esquerda, Pelourinho e Santo Antônio Além do Carmo. Mais ou menos por aí!
Vamos tentar descrevê-los da melhor forma possível, primeiramente imaginando como eram nos primeiros tempos; em seguida, sua evolução através dos anos até chegarmos aos dias de hoje.
Evidentemente, dos primeiros tempos só temos mapas como este; em seguida vieram as edificações das quais se possui alguma coisa até os tempos atuais que as máquinas modernas registram com facilidade।
Vamos tentar descrevê-los da melhor forma possível, primeiramente imaginando como eram nos primeiros tempos; em seguida, sua evolução através dos anos até chegarmos aos dias de hoje.
Evidentemente, dos primeiros tempos só temos mapas como este; em seguida vieram as edificações das quais se possui alguma coisa até os tempos atuais que as máquinas modernas registram com facilidade।
Hoje tem o nome em homenagem ao poeta baiano Castro Alves. Ao tempo de Tomé de Souza, que não é o caso presente, desde que o mapa acima é datado de 1672, ela ainda não existia. A porta de Santa Luzia fazia esquina com a atual Rua Chile, ficando o terreno onde seria construída a praça, do lado de fora.
A primeira citação histórica de sua existência foi feito pelo cronista da época, Gabriel Soares em 1587.
Fizemos citações do fato em nosso blog sobre a Cidade Baixa de Salvador em 13 de dezembro de 2009.
Permita-nos transcrevê-lo:
“A segunda ladeira assim reconhecida foi, sem dúvida alguma, a Ladeira da Conceição, com referências históricas desde 1587. Gabriel Soares, cronista da época escrevia:
“Está no meio dessa cidade uma honesta praça em que se correm touros quando convém..., e dessa mesma banda da praça, dos cantos dela, descem dois caminhos em volta para a praia, uma da banda norte que é de serventia da fonte que se diz do Pereira e do desembarque da gente dos navios..."
Na forma de escrever de hoje seria algo mais ou menos assim: “há no meio dessa cidade uma praça onde se faziam corridas de touros ocasionalmente, e de um dos cantos dessa praça, desciam dois caminhos, um em direção à praia e outro em direção à Vila Pereira, onde existia uma fonte e se fazia desembarque de pessoas de navios”.
O texto seria mais ou menos assim. As dúvidas surgem, quando o atencioso cronista faz citação de uma “praça honesta”. Poderia ser a hoje Praça Thomé de Souza, como também poderia ser a hoje Praça Castro Alves. Por enquanto é imprecisa a definição, entretanto quando o cronista se refere que “nesta correm touros quando convém”, é lógico deduzir que não seria na praça principal, a Thomé de Souza que essas corridas seriam convenientes "quando convém". É mais ou menos crível que a praça principal fosse preservada. Os touros deveriam destruir tudo ou quase tudo.
À sua esquerda, em direção ao Carmo, muito menos, desde que era uma área onde a população fazia suas casas. Só nos resta a hoje Praça Castro Alves, onde se localizava a porta sul da cidade. A mais afastada, a menos habitada, consequentemente, a mais conveniente para corridas de touros, se é que havia.
“...dos cantos dela descem dois caminhos em direção à praia e outro em direção à Vila Pereira”.
Não há registro de caminhos que descem da Praça Thomé de Souza. Poder-se-ia registrar a Ladeira da Praça, em direção à Baixa dos Sapateiros, Nazaré, etc. que não é o caso.
O mais viável e lógico é aventar que a tal “praça honesta” não é outra senão a atual Praça Castro Alves. Dela saem duas ladeiras. A da Conceição da Praia que vai dar no lugar onde os padres haveriam de erigir a Basílica da Conceição da Praia e a Ladeira da Preguiça que, bem ao meio, tem uma junção com a Ladeira de Santa Tereza, esta em direção à Vila Pereira.”
A Praça Castro Alves pelo Google Earth
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