quinta-feira, 17 de março de 2011

AFLITOS E A BELEZA DAS RUAS E CASAS DE MUITAS JANELAS

Como vimos na postagem anterior, a Rua Democrata que já se curva em direção ao bloco maciço do Largo Dois de Julho, há um acentuado declive em direção ao mar. Antigamente, ainda ali em baixo era a Enseada da Preguiça.

Da mesma forma como aconteceu com as Ladeiras da Conceição da Praia e da Preguiça, a Ladeira dos Aflitos tornou-se um lugar conveniente e agradável para se morar. Não só tinha acesso garantido ao mar, como também era fácil chegar no Campo Grande e Corredor da Vitória.

O que sobrou nesse local, faltou na Avenida Visconde de Mauá e Rua Democrata, daí a ausência de residências nesses dois locais àquela época.


Ladeira dos Aflitos
Ladeira dos Aflitos - Hoje

Igreja dos Aflitos

Há de reparar o tamanho das residências, algumas de alto porte. No primeiro plano percebe-se uma que faz uma verdadeira “apologia” às janelas – nada menos do que 20 delas na lateral da casa.

Outro detalhe importante que se pode destacar nessa foto é a posição da Igreja dos Aflitos no alto da ladeira, interrompendo abruptamente a sequência viária da ladeira. Esse procedimento de construção é percebido em muitas partes da cidade. Vejamos dois outros casos famosos:


Catedral Basílica da Sé – Como que interrompe a sequência da grande praça



Igreja de São Sebastião ( Igreja e Convento de São Bento)


Neste último caso, quando se fez a Avenida 7 de setembro, diz-se que parte da igreja foi demolida para dar passagem a grande via.

O porquê disso? Na época da construção desses templos, não havia veículos motorizados de um modo geral. As cidades não eram programadas para tal. Pensava-se apenas no pedestre e na beleza das coisas. Convenhamos que, no caso da Ladeira de São Bento, o cenário era magnífico.

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