quinta-feira, 24 de março de 2011

MONUMENTO AO 2 DE JULHO

BAHIA
ANNO DE MDCCCLXXXXV
AOS HEROES DA INDEPENDENCIA A PATRIA AGRADECIDA
IN PERPETUUM VIVERE INTELLIGITUE QUI PRO PATRIA CECIDERUNT

(Essas são as inscrições com maior destaque existentes no monumento em homenagem ao 2 de julho, data magna da Bahia)

O majestoso monumento, erigido em homenagem à independência da Bahia, localiza-se no Largo do Campo Grande e tem como símbolo principal "O Caboclo", que representa um ato de afirmação de identidade, nacionalidade e liberdade. Compõe o monumento um pedestal de mármore de Carrara, formado por dois corpos e escadarias do mesmo material.
Assentado sobre o pedestal, ergue-se uma elegante coluna de bronze, da ordem corintia, encimada garbosamente pela figura de um índio armado de arco e flecha, simbolizando o Brasil. Medindo exatos vinte e cinco metros e oitenta e seis centímetros, o Monumento ostenta alegorias, símbolos e quadros que representam batalhas campais, nomes dos heróis que trabalharam em prol de nossa emancipação, os principais rios da Bahia: "o São Francisco" e "o Paraguaçu" - "a Cachoeira de Paulo Afonso" e outras tantas representações.
O monumento possui, em seu perímetro, um passeio de mármore de Carrara formado por mosaicos em variadas cores, fechado por um gradil de ferro fundido, onde figuram, em baixo relevo, as armas da República e da Cidade. Um segundo passeio, com orla de cantaria e mosaicos em mármore preto, cinza e branco circula o anterior, onde foram montados oito bem trabalhados candelabros em ferro fundido, com sete metros de altura, encimados por quatro grandes globos redondos.

Capitel coríntio. Vitruvius descreve a ordem Coríntia como inventada por Callimachus, um arquiteto e escultor que se inspirou em um cesto de acantos.
Acantos são plantas da familia Ancantáceas, cultivada ou espontânea, com flores branco-rosadas em forma de espiga

Acanto

Outro acanto

Colunas coríntias – Templo de Zeus


Globos redondos

Candelabros monumentais



Monumento ao 2 de Julho

Há um fato curiosíssimo sobre a instalação desse monumento. Os governantes da época não sabiam com certeza onde colocá-lo. O jornal Diário de Notícias para ajudar, procedeu a uma enquete popular. Eram candidatos os largos: Praça dos Mártires, Campo do Barbalho e o Largo Duque de Caxias, que era o antigo nome do atual Campo Grande. Venceu o Campo do Barbalho com 16.191 votos, contra 8.251 da Praça dos Mártires e 7.846 votosd para o Campo Grande. Decisão final da Prefeitura: “ O monumento será colocado no Largo Duque de Caxias (Campo Grande) ”. O pessoal do Barbalho e do Santo Antônio não deve ter gostado. Detalhe: esses dois bairros já eram super-habitados. O Campo Grande não tinha nada. Diz-se que servia de campo de treinamento para os soldados que serviam no Forte de São Pedro. É aquele velho ditado: “os últimos serão os primeiros”.
Por fim foi inaugurado em 2 de julho de 1895. Sem dúvida que isto impulsionou o crescimento da cidade para estes lados.
A seguir as diversas alegorias do monumento:







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