NOTA IMPORTANTE: Este blog teve começo como se vê abaixo, focalizando exclusivamente a CIDADE BAIXA, pelas razões que se explicam nele próprio, ou seja, basicamente, uma concentração de esforços numa parte da cidade: A Cidade Baixa. Àquela altura não tínhamos percebido que as duas partes da cidade têm uma correlação muito forte e não se pode excluir uma delas sem prejudicar a história da outra, Percebemos isto ao longo das postagens que se foram se formando.
Muito já se escreveu sobre Salvador-Bahia, contudo, a maioria dos trabalhos é absolutamente genérica, isto é, trata a cidade como um todo. Vai da Ponta da Penha na Península de Itapagipe até Itapoan e já avançam pela Grande Salvador.
Esta dimensão em termo de história torna-se as vezes imprecisa e vaga, ocasionando inclusive graves erros. Citaremos um exemplo sem mencionar a autoria do engano. Não é conveniente!
Em uma palestra, determinada pessoa foi perguntada sobre "quem construiu a Igreja dos Mares"? Resposta: "Foi o padre Francisco Anísio de Almeida Freitas" (textualmente).
Primeiramente, não era esse o nome do sacerdote. Seu nome correto é Anísio Aires Esteves. Segundo, o homem já tinha passado de padre. Já era Monsenhor. Por último, não foi ele quem construiu a referida igreja. Ele a concluiu, principalmente a sua torre, última etapa da obra.
Não se diga, entretanto, que por ser focado exclusivamente em determinada parte da cidade, esse trabalho seja absolutamente completo. Não deve ser! Deverá haver muita coisa que teria passado desapercebida, apesar dos cuidados que tivemos em minuciar área por área, caso por caso.
Outra preocupação que tivemos foi enriquecê-lo com muitas fotos, talvez chegando ao exagero. É que entendemos que às vezes, ou quase sempre, só palavras não bastam. É preciso mostrar o que se está escrevendo. Vamos citar um exemplo. A própria Igreja dos Mares. Existem muitas fotos da mesma, mas a grande maioria só de sua fachada, ou seja, seu exterior. De seu interior quase nada existe e ela tem um interior magnífico, no mais puro estilo gótico. Não é retratado como merece.
Outra coisa importante precisa ser mencionada. O conhecimento da área. A vivência com a mesma. Aliás, nesse sentido, o fato de termos residido por longos anos na Cidade Baixa, foi fundamental para que nos aventurássemos nessa empreitada. Digamos que foi decisivo! Vamos citar um exemplo. Somos do tempo em que a Lavagem do Bonfim, essa monumental festa de nossa cidade, começava na base da Ladeira. A polícia passava uma corda entre o Solar Marback e o inicio da balaustrada do outro lado, e as Baianas e o povo de modo geral, postavam-se ali até o momento preciso do seu inicio. Levantava-se a corda, como nas corridas de rua de hoje em dia! Lá em cima a Igreja estava com todas as suas portas abertas. As Baianas efetivamente entravam no templo e lavavam o corredor principal. Temos fotos desse procedimento. Até que um dia...
Pois é, este é o nosso blog. Esperamos que seja útil. Seu conteúdo foi feito com muito carinho.
01-10-09
Eduardo Gantois
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