Em frente ao Hospital Português acha-se ou achava-se o Clube Baiano de Tênis। É que a sua sede localizada na esquina da Av. Princesa Leopoldina com a Av.Princesa Izabel foi demolida e no local se construiu uma das lojas da Perini।
Agora, o clube está restringido às suas instalações na baixada da Barra Avenida, mas ao que se sabe, o terreno ainda pertence à entidade e a delicatessen paga uma determinada importância por mês. O Baiano de Tênis como a maioria dos clubes sociais de Salvador – exceção Yacth - não conseguiram se manter rentáveis após evasão da maioria dos associados que pagavam suas mensalidades em razão das festas de Carnaval. Esta é a realidade! A maioria dos associados a estes clubes mantinha seus pagamentos em dia ou os atualizava, por causa dos grandes bailes de Carnaval. Tinha associado que levava o ano todo sem ir ao clube, mas estava sempre presente nos bailes de Carnaval. Nessas condições, cada clube se acomodou no que possuía em termos estruturais. O Fantoches da Euterpe viveu momentos de glória nos anos 40/60. Não se fez nada no clube. Era aquilo e acabou. Poderia ser ampliado, desde que possuía largos recursos. Por exemplo, na Rua Democrata, no lado contrário ao clube, existiam ou ainda existem inúmeras casas com fundo para o mar. Poderiam ser adquiridas, abrindo novas perspectivas.
Perini
Agora, o clube está restringido às suas instalações na baixada da Barra Avenida, mas ao que se sabe, o terreno ainda pertence à entidade e a delicatessen paga uma determinada importância por mês. O Baiano de Tênis como a maioria dos clubes sociais de Salvador – exceção Yacth - não conseguiram se manter rentáveis após evasão da maioria dos associados que pagavam suas mensalidades em razão das festas de Carnaval. Esta é a realidade! A maioria dos associados a estes clubes mantinha seus pagamentos em dia ou os atualizava, por causa dos grandes bailes de Carnaval. Tinha associado que levava o ano todo sem ir ao clube, mas estava sempre presente nos bailes de Carnaval. Nessas condições, cada clube se acomodou no que possuía em termos estruturais. O Fantoches da Euterpe viveu momentos de glória nos anos 40/60. Não se fez nada no clube. Era aquilo e acabou. Poderia ser ampliado, desde que possuía largos recursos. Por exemplo, na Rua Democrata, no lado contrário ao clube, existiam ou ainda existem inúmeras casas com fundo para o mar. Poderiam ser adquiridas, abrindo novas perspectivas.
Por outro lado, faltou gerenciamento. Tinha clube com cerca de 100 funcionários. Era cabide de emprego. Como o dinheiro era fácil, não imaginaram o futuro. Veio a diminuição da renda e não se pôde pagar a toda aquela gente. Foram centenas de ações trabalhistas. Os clubes faliram. Não tinha uma cadeira ou mesa que lhe pertencesse – todas eram de empresas de bebidas. Uma vergonha! Por outro lado a Prefeitura botava para quebrar. Cobrava IPTU dos clubes igualzinho ao que ela cobra de um shopping e ninguém lutava contra essa ganância. O clube tem uma finalidade social relevante. Está fazendo falta hoje em dia. Toda a sociedade era sócio dos clubes, inclusive os governantes da época e nenhum deles tratou de rever essa indignidade tributária. O Clube Português entregou às chaves à Prefeitura que veio a construir no local uma praça horrorosa. Prometeram construir no local um Oceanário. Nada feito! Este equipamento – já existente em Aracaju – funcionaria com um centro de estudos e lazer para a população. Ela teria acesso aos principais grupos marinhos da costa baiana e divulgaria a pesca, as tradições, crenças e festas relacionadas ao mar.
Clube Português da Bahia
O que restou
Vejam o que foi escrito sobre o assunto: “Eis o que restou de um belo e tradicional clube, patrimônio da comunidade portuguesa aqui residente, cujas instalações lhe pertenciam, expropriado à mesma, e a Portugal, indiretamente, por atos inconsequentes, indicativos de má gestão, de um governo municipal। Embora judicialmente revertido de legalidade, o ato de expropriação, pelo não pagamento de dívidas antigas de IPTU por parte do clube, foi no mínimo revelador da má gestão do caso, por parte do executivo municipal”.
Conhecemos clubes em São Paulo e Rio que tem inúmeras piscinas; três ou quatro restaurantes; hotel, academia de ginástica; salão de beleza, salão de jogos, biblioteca, salão de eventos (para alugar) etc. etc. Cada um deles tem no mínimo dez mil associados ou mais. O Clube Pinheiros de São Paulo tem 35.000 associados. Os títulos estão valendo R$20.000 mais uma taxa ao clube de R$21.000 e a fila de espera já é de mais de 2.000 pessoas. Lá como cá os edifícios de apartamentos têm piscina. O Rio tem lindas praias, mas os clubes estão cheios. Não precisamos ir muito longe. O nosso Yacth Clube da Bahia vive momentos de glória. Piscina reformada; restaurante de categoria, salão de jogos, de eventos e uma fila de não sei quantas pessoas para entrar e só entra quando sai um sócio.
O Clube Pinheiros tem três bares (Sede, Carteado e Piano Bar), seis lanchonetes (Boliche, Futebol, Tênis, Cabana, Fitness e Skate) e quatro restaurantes (Ponto de Encontro, CCR, Sede Social e Churrascaria da Figueira). O consumo mensal das lanchonetes e restaurantes impressiona pela grandeza। São aproximadamente: 250 quilos de peixe, 700 quilos de filé mignon, 500 quilos de açúcar, 1 tonelada de frango, 1 tonelada de arroz, 1 tonelada de cebola, quase 2 toneladas de frios e 1.000 litros de leite. Mais de 1 milhão de refeições são servidas anualmente na rede de restaurantes e lanchonetes. Uma equipe de nutricionistas realiza visitas técnicas a fornecedores, verificando as condições dos produtos que serão comprados. Ao entrar no Clube, as mercadorias passam por um rígido controle de qualidade.
De qualquer sorte, dois ou três estão despertando para a realidade. É o caso recente da Associação Atlética da Bahia que negociou a construção de uma nova sede mediante a venda do seu grande espaço a uma determinada construtora. O mesmo está fazendo o Centro Espanhol e ao que se sabe também o Baiano já teria fechado uma negociação do mesmo tipo para se manter ativo. A cessão de parte do seu espaço para a delicatessen que hoje está no lugar de sua antiga sede, já representa uma mudança de mentalidade. Não há outra maneira. Esses clubes estão localizados em lugares altamente valorizados. Enxergaram tardiamente esse aspecto.
Além do social, o Baiano era uma potência esportiva. Foi bi-campeão baiano de futebol entre 1927 e 1928. Quando o departamento de futebol do clube terminou, seus jogadores e dirigentes, juntos com os da Associação Atlética da Bahia, fundaram o Esporte Clube Bahia em 1931. No basquete foi campeão dezenas de vezes. Formou grandes atletas dessa modalidade, inclusive exportando para o sul do País. No vôlei também se constituía numa força, tanto no masculino como no feminino. No tênis, foi um celeiro de grandes tenistas. Participou também de campeonatos de tênis de mesa e futebol de salão. Era um clube eclético! Merece sobreviver!
Não poderia encerrar essa postagem sem prestar uma homenagem a Valdir, grande gerente do Baiano. Conta-se uma história pitoresca sobre ele. Em determinado Carnaval Baby Pignatari tentou entrar no clube de qualquer maneira. Valdir o barrou - Aqui só entra sócio, teria dito ao que Baby respondeu - Quanto custa este clube? - Não está à venda, refutou Waldir.
Não poderia encerrar essa postagem sem prestar uma homenagem a Valdir, grande gerente do Baiano. Conta-se uma história pitoresca sobre ele. Em determinado Carnaval Baby Pignatari tentou entrar no clube de qualquer maneira. Valdir o barrou - Aqui só entra sócio, teria dito ao que Baby respondeu - Quanto custa este clube? - Não está à venda, refutou Waldir.
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