A Graça possui uma das mansões mais tradicionais da Bahia। Além disto, é muito bela. Tudo nela é de bom gosto. Sua fachada é excepcional. Seu interior simplesmente deslumbrante. Não se faz mais isto hoje. Por essa razão, é de se lamentar que muitas outras tenham sido colocadas abaixo para se construir os edifícios de apartamentos de hoje. Mas tinha que ser; não havia outro espaço. Nada disto! Espaço havia e há. Estão aparecendo na Paralela, no Cabula, em Brotas, até na Vasco da Gama. Já estão pensando na Cidade Baixa. Aliás, já estão construindo lá em baixo. Rigorosamente, não havia necessidade da selvageria urbanística acontecida no Corredor da Vitória e também no seu largo. Botaram abaixo dezenas de mansões maravilhosas e as que restam estão com seus dias contados. Certa ocasião, um morador de São Paulo recebeu de um amigo umas fotos das mansões que ainda resistem, bem como de monumentos, praças e ruas de Salvador. Homem viajado pelo mundo, pôde comentar com absoluta convicção o que segue: “ Se Salvador tivesse mantido o que se construiu no passado e juntando o que ainda existe, seria uma das maiores cidades do mundo”
Feéricamente iluminada! Edifícios ao estilo pombalino Ainda Salvador ? Não! Com certeza uma cidade portuguesa. Cais das Amarras – substituíram-no pelo atual porto- construído em lugar errado Ainda o Cais das Amarras
Uma rua do Comércio
Cais do Ouro Antiga Praça Cayru Antigo Mercado Modelo Como era a Praça da Graça Forte do Unhão- Já era! Biblioteca
Corredor da Vitória Quem vem do Largo da Vitória e segue pela Rua da Graça, 100 metros à direita, vai encontrar a excepcional Mansão Bernardo Martins Catharino.
Mansão Comendador Barnardo Martins Catharino
Projeto
Perfeita! Comendador Bernardo Martins Catharino (De bem com a vida e com sua consciência।É o que expressa o seu olhar)
Era português de nascimento ocorrido em 1862 num povoado chamado Santo André de Poiares nas proximidades da cidade de Coimbra. Chegou ao Brasil em 1875; tinha somente 13 anos e veio para trabalhar na empresa de um patrício, Joaquim José da Costa. Depois de algum tempo tornou-se gerente da mesma e aos 21 anos casou-se com a filha do patrão, D. Úrsula da Costa, tornando-se sócio da firma. Mudou-se para Salvador e já com recursos do casal reergueu diversas firmas falidas inclusive a União Fabril que passou a se chamar Companhia Progresso União Fabril que se tornou uma das maiores empresa do ramo no país com cinco fábricas e três mil operários. Era bastante preocupado com o social. Construiu escolas e moradias para seus operários e presenteava-os com um salário nos seus aniversários. Foi comendador, desde que recebeu do Imperador o título de Comendador da ordem da Rosa, pelo conjunto de sua ação empresarial e benemérita. Foi ele quem ofertou os altares-mor da Catedral Basílica e da Igreja do Senhor do Bonfim. Faleceu em 1944 com 82 anos. Nunca esqueceu suas origens. Junto à uma chávena de ouro que tinha em casa, costumava manter a tigela de barro trazida de casa e onde comera no navio que o trazia para o Brasil. Aos mais curiosos explicava: “é para eu não esquecer o que fui”. Isto é o que deveria ter sido escrito lá no painel do museu, em letras GARRAFAIS!
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