Sem dúvida que o projeto da nova
Barra está merecendo 100% de aprovação popular e de setores especializados. É
muito bonito! O que se teme apenas é o andamento das obras, ou seja, o cumprimento das diversas
etapas no tempo que estão previstas, haja vista, o caso do metrô que já se
alonga por longos 12 ou 13 anos e ainda não se sabe quando vai ser inaugurado.
Mas, agora temos novo Prefeito e
se estabeleceu outra mentalidade. Tudo bem! Voltei no “baixinho” segundo a
nossa Presidente, que a ele se referiu
dessa forma mal educada e estamos crendo que tudo ocorrerá dentro dos prazos previstos.
Às vezes, contudo, não é falta de
vontade. É falta de verba vinda da área Federal e nesse sentido esperamos que
haja um fluxo natural e contínuo, apesar das “impressões dimensionais” da "Presidenta”, como ela gosta de ser
denominada.
Mas o que nos traz de volta aos
comentários sobre a nova orla é sobre outro projeto que este blog tratou faz
dois anos atrás, de relação às faixas de areia e pedra, principalmente dessa
última, do trecho que vai do Morro do Farol – "Ponta do Padrão" segundo os
portugueses que colocaram nele o padrão de posse ao principio do Brasil e
especificamente da Baia de Todos os Santos e ninguém sabe onde ele foi
implantado. Deve estar em baixo do Forte. Enterraram-no. Felizmente, o mesmo não aconteceu em Porto Seguro onde o marco de fundação do Brasil foi preservado e se encontra à vista do público numa redoma de vidro..
Marco de fundação do Brasil em Porto Seguro
O referido trecho é horrível sob
todos os aspectos. Poderá até ser considerado curioso, mas sem dúvida que é pelo
menos estrambólico, ou seja, esquisito, chegando às raias do excêntrico. É um
amontoado de pedras e não se diga que sejam formações com alguma beleza, mesmo
rude. Não é!
Farol da Barra-Forte de Santa Maria
Detalhe para que ninguém tenha dúvida
Pois bem, sobre essa área tem um
antigo projeto de autoria do arquiteto Alexandre Prisco Paraiso Barreto, que torna o lugar extraordinariamente belo. É o que está se
fazendo em várias partes do mundo como, por exemplo, nos Emirados Árabes quando
avançaram sobre o mar e fizeram o hotel em forma de vela ou de iate.
Quase 50 metros de praia, mesmo nas marés de enchente. (AV. Beira Mar). Antigamente, o mar batia no cais e em dias de ressaca as ondas estouravam no cais e molhavam as fachadas das casas em frente. Que nem em Copacabana como foi citado acima.
Praia dos Tainheiros. Joga-se até futebol na mesma. Dia de Domingo arma-se travessões com rede dos dois lados. Incrível para quem conheceu o local no idos de 1940/60, mesmo mais adiante.
Projeto
Do mesmo arquiteto existe um projeto para o outro lado, ou seja, do trecho que vai do Cristo para Ondina:
Trecho em frente ao Morro do Ipiranga
O Morro do Cristo é envolvido por estruturas modernas que nem o projeto da Nova Barra
Vamos ver agora o que está se fazendo pelo mundo com o mesmo motivo de embelezamento de orlas marítimas:
Dubai
Barcelona
Claro que os mesmos não se enquadrariam em nossa Barra. Já temos no local expressões elevadas naturais quais sejam o nosso Farol da Barra e o Forte de Santa Maria e de quebra, mais adiante, o Forte de São Diogo no morro de Santo Antônio.
Mas vamos admitir que também não se enquadre no local o projeto do arquiteto Prisco Paraiso. Tem algumas elevações que poderiam ser corrigidas. Foi citado como uma ideia do que pode ser feito na área.
Então, nesse caso, poder-se-ia fazer uma praia entre o Farol e o Forte de Santa Maria. Mas como? Praia? Sim praia mesmo. Tem uma forma de fazê-la como que artificialmente. Foi feito no Rio de Janeiro. A praia de Copacabana era estreita e acanhada. Hoje é uma praia larga. Engenheiros portugueses foram os autores da proeza.
Copacabana - 1950 - O mar em certos dias chegava na Avenida e em dias de ressaca a água penetrava nas garagens dos prédios em frente.
Copacabana de hoje - Bem mais larga
Talvez não fosse preciso ir até o sul do País para exemplificar o que está se dizendo. Aqui em Salvador há um caso inusitado de formação de praia, ou melhor, de praias. Porquê "inusitado"? Por quê não houve planejamento para que tal ocorresse. Através de uma draga instalada no mar da Avenida Beira Mar, transferiram areia para aterrar os Alagados do Porto dos Mastros. Eram tubos flutuantes de quase um metro de diâmetro. Durante mais de um ano foram removidas grandes quantidades de areia a ponto de se formar um canal ainda hoje existente nas proximidades dos corais da Lixa, uma formação em frente à Praia do Poço. Naturalmente, a água teve que tomar esse espaço provocando o recuo do mar tanto na Avenida Beira Mar, quanto nos Tainheiros. Vejam as praias que se formaram:
Quase 50 metros de praia, mesmo nas marés de enchente. (AV. Beira Mar). Antigamente, o mar batia no cais e em dias de ressaca as ondas estouravam no cais e molhavam as fachadas das casas em frente. Que nem em Copacabana como foi citado acima.
Praia dos Tainheiros. Joga-se até futebol na mesma. Dia de Domingo arma-se travessões com rede dos dois lados. Incrível para quem conheceu o local no idos de 1940/60, mesmo mais adiante.
Aterro dos Alagados de Itapagipe - 2009
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