Salvador, por muitos anos permaneceu com seu casario baixo,
eminentemente colonial, diferenciando-se por essa razão da maioria das capitais
do País. Ainda temos muitas áreas onde essa característica se preserva como o
Pelourinho e Santo Antônio Além do Carmo. Contudo, se houver qualquer vacilo,
sobe um “espigão” a qualquer momento. É
uma saga!
Pelourinho
Santo Antônio Além do Carmo
De modo geral, o caso mais emblemático nos últimos tempos, foi o
Corredor da Vitória. Tínhamos nessa área belíssimas mansões construídas entre
final do século XIX e principio do século XX. Restam muito poucas e as ainda
existentes serão demolidas implacavelmente.
Corredor da Vitória
Mesmo aquelas tombadas, desde que
há menos de 300 metros de monumentos, segundo a lei, estão sendo
sacrificadas em nome da modernidade, do conforto e de uma nova ordem econômica.
Isto significa dizer que a nossa cidade está perdendo aos
poucos sua característica européia para ficar igualzinha a qualquer outra
cidade do chamado mundo moderno. E a perda é muito grande, tenham certeza
disto! São relíquias arquitetônicas que não se faz mais. Em suma, estamos jogando
fora um grande tesouro, num desperdício imperdoável.
Quando não é a substituição de um antigo prédio por um grande
edifício, é a ocupação de um morro, antes virgem, por enormes prédios,
desfigurando-o.
É o caso, por exemplo, dos morros do Gato e do Ipiranga.
Verdade que já eram ocupados por modernas residências de no máximo dois andares
que não quebravam tanto a harmonia do
local. Agora, não! No lugar dessas residências estão subindo grandes edifícios,
belos e confortáveis, sem dúvida, mas inconvenientes, desde que fora de um
contexto de preservação histórica.
Primeiro edifício no Morro do Ipiranga
Os novos edifícios no Morro do Gato
Morro do Gato e seus grandes edifícios
Ainda conseguimos uma foto sem os edifícios que hoje estão substituindo as mansões
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