Há pouco fizemos uma postagem dos morros do Ipiranga e do
Gato que estão sendo aproveitados para a construção de grandes edifícios que se
projetam na paisagem da Barra, verticalizando ainda mais a cidade de Salvador. Antes o local era ocupado por mansões de no máximo dois andares. Quem andava pelo calçadão da avenida, nem percebia a sua existência. Via-se apenas o morro.A beleza de seu talude.
Citamos outros lugares onde essa verticalização aconteceu
substituindo antigas mansões, como foi o caso do Corredor da Vitória, sem pena
nem piedade.
Há, entretanto, um lugar em Salvador que jamais deveria
ocorrer a chamada “verticalização” pelas seguintes razões: a cidade de Salvador
começou praticamente nesse local e está no seu entorno uma das mais antigas igrejas da Bahia,
naturalmente tombada. Logo, num raio de 300 metros nada poderia ser modificado. Mas ninguém respeita essa norma. É o caso recente da Mansão Wildberger que será erguida aos fundos da igreja da Vitória, no máximo a 100 metros de distância. Em certos momentos, vai dar até sombra para o templo. No caso presente, estamos nos referindo à Avenida Leopoldina na Graça. Por aqui circulou Diogo Álvares Correia amparado pelos índios tupinambás. Aqui, nas águas naturais de uma pequena fonte, banhava-se Catarina Paraguaçu, sua esposa com quem casou na Europa num lance de mestre: tanto agradava aos índios da tribo quanto aos franceses, ávidos pelo Pau Brasil e outras especiarias de nossa terra. Isto talvez seja o mínimo, desde que talvez houvesse esperança do domínio efetivo da nova terra, aliás, o mesmo pensamento dos holandeses.Esses foram mais efetivos: invadiu o País em diversos lugares tomando posse. Foi um drama a expulsão dos mesmos.
Igreja da Graça
Queremos nos referir à Av. Princesa Leopoldina.
Atual Av. Princesa Leopoldina
Nesse corredor de grandes edifícios apenas uma casa resiste:
Esta casa ainda resiste ao avanço imobiliário - Parece se esconder!
Noutro lado da avenida, ao lado da igreja, felizmente tombaram a Mansão dos Carvalho, como é conhecida, senão no seu local já seria um arranha-céu.
Mansão dos Carvalhos
Como que culminando o espetáculo da modernização, na esquina da Princesa Leopoldina com Princesa Izabel, existia a sede do Clube Baiano de Tênis. Era um belo prédio. Hoje funciona uma loja da Perini, propositadamente com uma arquitetura mais do que moderna: avançadíssima! Quanto ao clube se encolheu nos baixios da Barra Avenida. . Falou-se muito que ele se projetaria de novo sobre o antigo espaço, mas parece que a ideia só ficou no papel. Virou um estacionamento.
Perini
Nenhum comentário:
Postar um comentário