Acompanhamos com vívido interesse as crônicas do arquiteto
Paulo Ormindo de Azevedo todos os domingos no jornal "A Tarde". Neste último ele
comentou uma palestra proferida pelo então Prefeito de Bogotã, Enrique Penãlosa sobre a movimentação de veículos nas cidades do mundo.
O mestre é uma das
pessoas mais do contra ás autopistas, viadutos e passarelas que “priorizam os
carros, corta e segregam o espaço urbano”. Acrescenta: “elas devem ser
transformadas em avenidas com árvores, passeios de 15 m de largura e algumas
faixas de BRT (bus rapid transport)”.
Vai mais adiante o ilustre professor
quando se torna contra os estacionamentos no centro da cidade,
estimulando o tráfego de veículos”. Seu discurso em linhas gerais é antagônico
a Via Expressa, a Paralela, a Linha Viva, à ponte Salvador-Itaparica e o metrô
cercado.
Isso vem muito a propósito quando se iniciam as obras da
Barra, absolutamente dentro dos conceitos do professor colombiano e já
adiantamos que, efetivamente na Av.
Oceânica no trecho entre o Farol e o Barra Center não vai mais circular
veículos. Todo o tráfico ficará restrito às ruas e avenidas internas.
Em toda essa história uma dúvida persiste. E o Carnaval?
Será que vão permitir os Trios Elétricos com suas dezenas de tonelagens
circularem pelo chamado Circuito Barra Ondina, aí incluso o trecho que será
modificado?
Está difícil não somente pelo peso desses veículos, mas
também pelo fato de que o novo espaço terá dezenas de jardineiras por todos os
lados e mesmo coqueiros plantados do lado das casas. Teriam que ser retirados,
possivelmente prejudicando o piso e, sem dúvida alguma, sacrificando as
plantas.
Nova Barra
E, então, onde se faria o Carnaval da Barra? Temos a
impressão que não se fará, pelo menos no trecho entre o Farol e o Barra Center
que é um dos principais. Noutra postagem sobre esse assunto "carnavalesco",
dizíamos que talvez agora tenha chegado a vez do Comércio, Avenida da França,
por exemplo, como havia sido sugerido por Carlinhos Brown em certa ocasião.
Mas Ondina não tem nada com isto? Nesse caso, o Circuito
Barra-Ondina teria inicio no Cristo, mas aí surge um grande problema: onde os
Trios irão se posicionar para o desfile? Na Centenário? Difícil!. Poderia ser na Visconde de Caravelas, Afonso
Celso, por ai.
Ai voltamos mais uma vez ao Comércio. Existe espaço para tudo. A
Avenida da França é enorme, tanto na sua extensão quanto na largura. É o espaço
mais conselhável.
E, aproveitando a oportunidade, não se esqueçam dos blocos
afros. Sugerimos em outra oportunidade que se fizesse o desfile na Rua Chile, recuperando
o Carnaval dessa rua. Teria começo na Praça da Sé onde seria a concentração e
caminhava grandioso pela Misericórdia e Rua Chile com desmanche na Praça Castro
Alves ou até mesmo aproveitando esta praça para uma grande apoteose.
Ria Chile
Far-se-ia
uma grande arena como acontece em Manaus. Essa arena começaria nas proximidades
da Estátua de Castro Alves até o Cinema Gláuber Rocha. Parece viável!
No espaço azul se construiria uma arena que seria paga por camarotes em torno. Naturalmente que também haveria arquibancadas à preços camaradas.
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