E como anda o porto hoje em dia. Justifica-se? Tem sua razão de ser? Claro que tem, mas seus resultados estritamente econômicos, não se justificam.
Vejamos um comentário publicado em um dos jornais da cidade:
“Com carência de equipamentos, espaço saturado, maquinário obsoleto e alto índice de perdas de cargas – que chega a 39% do total conteinerizado no território baiano – o Porto de Salvador é o principal retrato das deficiências do sistema portuário brasileiro. Uma pesquisa com 200 executivos de companhias usuárias, concluída em janeiro pelo Centro de Estudos em Logística (CEL), ligado ao núcleo de pós-graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, posicionou o porto da capital baiana na última colocação entre os 18 principais portos do país. Enquanto a média nacional foi de 6,3 pontos, o Porto de Salvador ficou com meros 5,1, ganhando o título de pior porto do Brasil.
O levantamento constatou que 65% dos usuários entrevistados consideram o Porto de Salvador deficiente, 12% acham regular, 18% bom e apenas 5% o qualificaram como excelente. Além disso, o estudo indicou que em Salvador houve, no período analisado (2001 – 2006), redução de carga”.
Mais: “Segundo dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), o Porto de Salvador ocupou a 29ª posição no ranking de movimentação de cargas em 2006 (último levantamento da entidade), com aproximadamente 2,8 milhões de toneladas (t), representando apenas 0,40% do comércio exterior brasileiro.
Regionalmente, o porto da capital baiana, em 2006, ficou atrás de quase todos os portos do Nordeste, a exemplo de Suape (Pernambuco), que atingiu 5,2 milhões de toneladas, Maceió (4,7 milhões/t) e Aracaju (3,7 milhões/t). Já o de Aratu (BA), atingiu a sétima posição, com 28,1 milhões de toneladas, e o de Ihéus (BA) ficou na 39ª, com 773,6 mil toneladas”.
Olhe o Porto de Aratu, ai gente! 7º lugar no ranking nacional de portos com 28,1 milhões de toneladas. Enquanto isto, o Porto de Salvador movimentou apenas 2.8 milhões de toneladas. São apenas, 10% do que movimentou Aratu. Até para o Porto de Aracaju, o de Salvador perde.
Pelo visto, os entraves à economia não são apenas do tempo de sua fundação. Continuam até hoje!
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