quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

REVITALIZAÇÃO DA CIDADE BAIXA - 3

Quando afirmamos que o Porto de Salvador poderia ter começado em outro lugar, não estávamos sendo levianos. Ainda agora, já se fala abertamente de sua ampliação a partir de São Joaquim e a desativação dos dois ou três primeiros armazéns do lado sul.

De São Joaquim, ele avançaria pelas praias do Canta Galo e da Boa Viagem, até proximidades de Monte Serrat.

Há uma coincidência de ações que poderiam estar ligadas a essa ampliação. Uma delas seria a desapropriação feita pela Prefeitura de toda a área acima citada, conforme mapa já do conhecimento público.
O traçado em vermelho indica a área que foi desapropriada- Tem início em São Joaquim e vai até proximidades do Forte de Monte Serrat.

A área desapropriada serviria para facilitar o acesso ao novo porto, procedimento semelhante ao que aconteceu na área do Comércio quando se fez o Porto de Salvador. No local, foram abertas as avenidas da França, Estados Unidos e Miguel Calmon.

Conta-se até que o governador da época, José Joaquim Seabra, no seu tradicional ímpeto de avançar sobre tudo, pretendeu botar abaixo o prédio da Associação Comercial da Bahia, situada entre as Praças Cayru e Riachuelo. Não o fez em razão das pressões exercidas por diversas entidades comerciais da época. Conformou-se, a muito custo, em fazer um contorno do obelisco que ali se acha em homenagem à Batalha do Riachuelo.

O belo obelisco - à direita, o prédio da Associação Comercial da Bahia

Na Cidade Alta, onde realizou grandes obras, sofreu imensas pressões, mas não teve jeito. Demoliu até a antiga Catedral e outras coisas mais, mas fez o que tinha que fazer, inclusive a atual Avenida 7 de setembro.

Em razão das grandes obras que estão por vir de ampliação do Porto de Salvador, o projeto da Via Náutica que tem seu trajeto em boa parte na área das modificações, teve que parar e vai ficar parado durante muito tempo. Talvez nunca se realize!

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