sábado, 7 de novembro de 2009

ESPORTES ITAPAGIPE - UM DESVIO SEM QUERER!

Itapagipe foi um grande celeiro de atletas de muitas modalidades esportivas. Um verdadeiro manancial. A juventude daquela época não era envolvida em drogas e essas coisas de hoje. Não achava “moderninho” o consumo “moderado” de maconha como está se vendo em muitas partes do mundo. Dessa moderação é que se origina a exageração que não é percebida nos primeiros momentos. Pega de mancinho! De repente, temos mais um grande viciado e a geração de todos os problemas que ele causa a si e à sociedade.

Recentemente, levantou-se a tese de que é o consumo, que incentiva o tráfico de drogas. Parece novidade! Sempre foi assim desde tempos imemoriais. Se não há interesse de consumo, não há venda. O produto encalha! Torna-se um prejuízo e o negócio fecha.

Nesses termos, o verdadeiro combate às drogas está na extinção do consumo, pelo menos na sua diminuição. Os traficantes se renovam a cada instante, Tantos morrem, tantos nascem. É uma tradição. É uma seqüência histórica. Os meninos nascem, crescem, não se instruem e para satisfazer as suas necessidades de vida que todos têm, vendem drogas desde que esta é a tradição do lugar onde vivem. Aprenderam que é assim.

E a quem vendem? Aos consumidores costumasses ou não. Não vendem na comunidade onde vivem? Ela não tem poder de consumo. Descem os morros e vão vender seu produto a quem pode pagar e deseja consumir.

De modo que, obviamente, os governos precisam mudar o enfoque do combate às drogas. Em vez de combater os traficantes nos morros cariocas, nas favelas paulistas e nas baixadas de Salvador, perdendo homens numa luta inglória, em desvantagem, geralmente de baixo para cima o que não é uma boa estratégica militar, deveriam atacar as boates, os inferninhos, os bailes funks, os shows de músicas pop e axé music. É nesses lugares que está o problema. O consumo que gera o comércio da droga.

Mas isto será muito difícil. Será um grande problema para a sociedade. Vai ser um escândalo. Vai mexer com muita gente grande, dirão muitos, inclusive determinados setores da imprensa, bem como certos sociólogos, filósofos e pedagogos de carteirinha. Alguns artistas também.

Em nosso modo de ver, a questão não é difícil. Enxergamos até algumas facilidades.Não haverá combate. De um lado os consumidores não estarão armados de metralhadoras e fuzis automáticos. Os milatares não precisam se preocupar. Não haverá tiro! Tudo é gente de paz. Gente bem. Só estão eufóricos! Já é uma grande vantagem! Não morre ninguém! Haverá apenas um problema: como transportar toda essa gente para as delegacias? Não há espaço. Cria-se! Estão aí os ginásios de esporte, cobertos, com sanitários, muitas cadeiras para sentar, etc.. Não é assim que se faz quando acontecem as calamidades de enchentes e desmoronamentos de morros? É assim e a sociedade geralmente ajuda com colchões, cobertores e alimentos. No caso dos nossos "amiguinhos", deixe-os com fome e sêde, até passar a euforia.

Mas isto será constrangedor? É ante-ético. Deixa ser! Faz parte da estratégia dessa guerra. É preciso causar constrangimento a essa gente. Intimidá-los, de alguma forma. Temos certeza que, quando soltos pelos seus advogados que serão milhares, da próxima vez que forem às casas noturnas da vida, haverão de pensar duas vezes antes de consumir qualquer droga.

Eles precisam ter certeza que as blitz continuarão. Haverá uma segunda blitz, uma terceira, uma quarta, e assim por diante.

Mas isto é um a ilusão? Não é! Antigamente, as casas noturnas do centro da cidade de Salvador eram patrulhadas, todas elas, por grupos de cinco a seis militares das diversas forças armadas. Entravam em cada casa e a percorriam frente a fundo, vendo se estava tudo bem. Geralmente estava! Ninguém daquele tempo consumia droga. Só bebida e moderadamente. Se alguém se excedia, era levado pela patrulha.

Hoje, fala-se que os militares das forças armadas foram treinados para combates entre militares de facções diferentes e outras ações de luta. Foram treinados para a segurança do País! Enquanto isto, esta mesma segurança está indo por água abaixo, aliás, fogo abaixo, melhor dizendo.

No mundo moderno, mudou o que seja guerra. Seu conceito! As guerras de antigamente aconteceram por que eram limitadas a certo ponto de destruição. Verdade! Destruía-se até certo ponto. Até cidades históricas foram preservadas ou pouca atacadas em nome da arte. Uma guerra ética.
Hoje, se houver guerra, será destruição total. Não fica ninguém para contar a história. Um coloca X megatons no outro. Sabem quanto é um megaton? Equivale a 1.000.000 de toneladas de dinamite. É mole? No mesmo minuto, o segundo faz a mesma coisa do outro lado. Os dois se acabam! Fim de guerra! Fim da humanidade!

A guerra de hoje está nas cidades. Vejam o caso da Colômbia. Os traficantes constituíram um novo estado. Um território que ninguém entra. Aliás, entra, sob balas de todos os lados. Seqüestram pessoas de bem. Políticos de renome. Cientistas. Crianças. Alguém já pensou no constrangimento dessas pessoas e de suas famílias? Alguém se lembra da ex-senadora Ingrid Betancourt libertada após seis anos em poder das Forças Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Era uma mulher arrasada, triste, mostrou a televisão. Já pensaram o que está mulher passou. Até sua beleza se esvaiu. Ficou perdida na floresta.

Esta é a guerra de hoje. Nas cidades. Nas bordas das mesmas. Já está chegando aos  quartéis e às delegacias de polícias. São metralhados de vez em quando. Brincadeira dos traficantes. Geralmente, nesses casos, não matam ninguém. Apenas estão avisando que estão ali juntos, firmes, fortes e serenos. As balas recolhidas mostram o calibre de suas armas. É um aviso. As minhas são melhores do que as suas. Tomem cuidado!

Essa é a nossa opinião. Começamos a falar de esportes em Itapagipe e acabamos nessas bobagens escritas, haverão de julgar os consumidores de drogas. Na próxima postagem voltaremos ao assunto que pensávamos comentar. Sorry!

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