quarta-feira, 18 de novembro de 2009

FEIRA DE SÃO JOAQUIM - 3

Quem leu as nossas duas últimas postagens sobre a Feira de São Joaquim, poderá pensar que somos contra a mesma. Não somos! Somos até um de seus freqüentadores de longos anos.
Verdade que já fomos assaltados duas vezes. Mas, mesmo assim ainda somos a seu favor. Certa feita precisamos fazer determinada necessidade e não achamos onde fazê-la. Um barraqueiro consultado, disse-nos que nos virássemos num daqueles corredores mais desertos ou então na enseada. Na enseada? Sim! O senhor vai até lá, tira a roupa menos a cueca e a coloca na prainha que existe ali. Pede a alguém para olhar. Aí o senhor dá um mergulho como se fosse tomar um banho de mar e aí faz a sua necessidade. Mas, a água ali não é contaminada? É, mas que jeito. O senhor a contamina ainda mais. Dá a sua contribuição ao meio ambiente. Ah! Ah! Ah!

Com as devidas desculpas pelo evidente exagero, mas a coisa foi mais ou menos por aí. Em toda a feira só há um mísero sanitário. O problema não é bem ele. Fisicamente ele existe. O negócio é achá-lo. Se você perguntar a qualquer comerciante ele lhe ensina “fácil”. O senhor vai até quadra 18, Rua 5, segunda ou terceira transversal, dobra à direita e lá está ele. O senhor poderá encontrar uma fila enorme o que é natural, desde que aqui tem muita gente, mas vai chegar uma hora que o senhor vai se servir. Ah! Ah! Ah!

Mais outro exagero? Talvez! Mas é a pura realidade. Como real é a certeza de que a feira abastece meia cidade. Quando a Prefeitura fez o elevador da Calçada, não fez pensando no comércio atacadista desse bairro, mas tão somente criando um acesso fácil aos moradores da Liberdade, talvez o bairro mais populoso de Salvador, à Feira de São Joaquim.

Geralmente, seus preços são excelentes. Se comparados com os preços praticados pelas grandes redes de supermercados existentes em Salvador, a diferença é abissal.

Vamos apenas citar um exemplo muito recente. Preço de ontem do tomate num supermercado da rede que comprou o Paes Mendonça: R$4.68 o quilo. Preço na Feira de São Joaquim do mesmo produto: R$1.20 o quilo. Uma diferença insólita de R$3.48, ou seja, 273.50% mais barato. Trocando em miúdo, com R$4.68 no bolso qualquer pessoa compraria na feira quase 4 quilos, mais precisamente 3.9 kg.

No tempo do senhor Mamede Paes Mendonça, ele dizia que, “não fosse a Feira de São Joaquim ele dominaria totalmente Salvador”. O domínio a que ele se referia, era o domínio comercial. Não conseguiu! Nem foi preciso, ou melhor, necessário. Ele dominou a Bahia com a sua simpatia. Foi mais importante! Deixou saudades.

Outra coisa difícil de entender e aceitar é a feira-residência, ou feira-condomínio. Não há estrutura para isto. Geralmente as casas dão o fundo para o mar, desde que eles estão situadas na quadra mais extrema. Os dejetos são conduzidos para o mar.

De uma vez por todas, queremos deixar bem claro, queremos uma Feira de São Joaquim como sendo um Centro de Abastecimento moderno. Coberto! Uma Cantareira baiana. Tem todas as condições. Resta fazê-la se as “grandes forças” deixarem. Estamos achando difícil! Elas tem outras idéias para a área.
Avarandado! à esquerda o mar.

Complexo! À direita o mar.


A rua mais extrema - Após as casas à direita o mar.

Muito complicado!




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