Esses dois fortes, o Santo Alberto e o do Barbalho, foram construídos para proteger o então único acesso à Cidade de Salvador, restrita que era à Cidade Alta entre a atual Praça Castro Alves e Santo Antônio Além do Carmo.
Naturalmente que o referido acesso provocou o desenvolvimento do local onde ele tinha inicio, a Praia da Jequitaia e imediações. Verdade! A Cidade Baixa começou a se instalar nessa área e não na altura do hoje Comércio ou Barra, como se poderá pensar à primeira vista.
A Cidade Alta demorou de abrir a sua porta sul à expansão urbana, porta esta localizada onde é hoje a Praça Castro Alves. Além dela só tinha índio e Diogo Álvares Correia, o Caramuru, que se ajeitou com eles, quando jeitosamente casou-se com Catharina, filha de um cacique. No mais era puro perigo!
As duas fotos anteriores, a primeira do século XVI e a segunda do século XVIII mostram divinamente a progressão urbana de uma determinada área. Estamos vendo a Praia da Jequitaia, hoje aterrada.
Há de se reparar que ainda não existia a Avenida Jequitaia. Atrás das casas está o morro. Na frente das mesmas, corre uma rua estreita contida por um cais. Em frente, onde se vê um casarão na esquina, do lado contrario ao corredor de casas, a rua se curva certamente em direção ao espaço onde se encontra a igreja.
Certamente, esta rua deveria estar protegida por um cais semelhante ao que vemos em frente às casas. O mar, certamente, estaria à sua esquerda, mar Praia da Jequitaia
Os traços em paralela representariam a citada rua. Os retângulos seriam as casas e em azul o mar, à esquerda. A Praia da Jequitaia seria o mar mais ao alto. As águas chegavam junto à Igreja, ela própria elevada e bem protegida.
Por fim, vale a pena saber o significado da palavra “jequitaia”. É uma palavra do vocabulário tupi –guarani e significa “formiga que urde”. Existia uma grande quantidade delas nessa área.
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