terça-feira, 24 de novembro de 2009

PILAR - 3

O Pilar hoje é uma área absolutamente degradada, apesar de ainda funcionar algumas firmas atacadistas e sedes de transportadoras. Suas ruas são estreitas, ainda calçadas de paralelepípedos. Nos últimos anos não recebeu nenhum benefício por parte da Prefeitura. À noite torna-se intransitável devido à marginalidade que toma conta do pedaço, tanto é que, a maioria das firmas fecha suas portas às 5 horas, desde que as seis já se torna um perigo.
Foi, outrora, um grande centro comercial. Dos melhores! De trapiches! As imagens que serão mostradas expressam melhor do que palavras. Para que gastá-las? Agora, sente-se uma brisa de esperança. Fala-se em recuperação de muita coisa, inclusive do Trapiche Barnabé que teria sido comprado por Bernard Attal, cidadão francês. No local, deverá ser instalado um Centro Cultural. Carlinhos Brow fez uma casa de espetáculo no antigo Mercado do Ouro. Verdade que desalojou o Restaurante do Juarez, o melhor filé de Salvador. Deveria tê-lo integrado.

Rua principal
 

Ladeira do Pilar
Um dos seus antigos trapiches



Plano Inclinado do Pilar
Estação do Elevador do Pilar

Foi construído no século XIX pelo engenheiro Júlio Brandão a pedido do comerciante Antônio Araujo Porto. Foi eletrificado em 16 de julho de 1910. Sua inclinação se deu em 1930. Antes funcionava junto à encosta.

O bairro do Comércio, onde se inclui o Pilar, já foi considerado o entreposto comercial mais importante do Atlântico Sul. Por volta do século XIX Salvador era uma grande cidade portuária com seus armazéns, trapiches e mercados.

Hoje, a Prefeitura em parceria com o Governo do Estado, as Docas e a Associação Comercial, tentam devolver a essa área as características dos velhos e bons tempos. Vai ser muito difícil! Não é coisa para a atual geração. Por outro lado, a cidade cresceu para outros lados. A inclinação mercantil já é outra. Estamos na era dos grandes Shoppings Center. Das redes dos Supermercados. É muito diferente!
O que realmente se pode alcançar e já está sendo feito, é o aproveitamento das antigas construções, boas ou em ruínas, para outras finalidades como as faculdades que estão se instalando na área ou como os Centros Culturais modelo Carlinhos Brow, instalado no antigo Mercado do Ouro.

Salvador não tem uma boa casa de espetáculos como às existentes no Rio de Janeiro, São Paulo e até em Sergipe. O Trapiche Barnabé, sem bulir na sua extraordinária fachada, está esperando por essa iniciativa. Seu espaço interno é enorme. Vejamo-lo do espaço



Trapiche Barnabé visto do alto - São 3.600m2

Trapiche Barnabé- Hoje estacionamento

Outra providência que precisa ser urgentemente tomada é a efetivação da “via náutica” à partir da Barra, sendo que o Comércio será um dos pontos de parada. Onde? No primeiro e segundo armazéns do porto. Este local precisa ter outra finalidade. Talvez um grande espaço cultural! Talvez um shopping! E o estacionamento? Nos outros armazéns. O porto tem para onde se expandir. Para os lados de São Joaquim. Aliás, este é o plano!

Pode esta degradação? Não fossem os carros e se diria tratar-se uma cidade abandonada.

Estamos encerrando este capítulo com a foto acima. Incrível! Ao lado direito funciona o prédio da Receita Federal mas, mesmo esta, está se mudando. O que fazer com um edifício daquele tamanho?
Predio da Receita Federal


Para não cair de tão velho e abandonado pelos poderes públicos
Ladeira do Pilar - Velhos prédios se sustentam
Frente do Pilar- Comercio atacadista

Mercado do Ouro







Um comentário:

  1. A respeito do trapiche Barnabé, fa faz anos que o comprador espera para as autorizaçoes legais para começar as obras, mas ouvi falar que pode renunciar por causa das dificuldades provenientes das autoridades... parece que ninguem se interesse realmente pelo futuro da area (nem pelo passado !!!)
    Quanto ao plano inclinado do pilar, foi reaberto ha alguns anos, mas ja foi fechado recentemente pela prefeitura depois de muito dinheiro investido na reforma... qual é o objetivo desse infeliz prefeito?? destruir a cidade de novo? hum.....
    Nicolas

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