Nas imediações das Praças Conde dos Arcos e Praça Riachuelo existe muita coisa de bom e de ruim. Neste último caso, por exemplo, vemos o antigo Elevador do Taboão, caindo aos pedaços.
Elevador do Taboão - Em cima - À esquerda ladeira que desce para o comercio- Hoje o único meio de fazê-lo.
Não se justifica o descaso pela coisa pública. Salvador tem uma característica que poucas metropoles do mundo têm. Seus dois planos de cidade são interligados por elevadores e os chamados “planos inclinados”. A população, na sua grande maioria, desloca-se nesses equipamentos.
No caso específico do Elevador do Taboão, ele liga uma área comercial muito importante que é a Baixa dos Sapateiros, Taboão inclusive, com a Cidade Baixa. E o que vemos? Um equipamento sendo degradado pelo tempo. Deixaram para lá. Essa é a expressão que encontramos para situar o problema.
Foi inaugurado em 19 de junho de 1896 e funcionou durante 65 anos até ser desativado em 1959. Todos os candidatos a prefeito prometem recuperá-lo. Os negociantes da área voltam nesses homens
, esparançosos como sempre!
Também nas imediações da Praça Conde dos Arcos está a Praça Marechal Deodoro, bem arborizada.
A seta amarela indica a Praça Marechal Deodoro. A seta vermelha mostra a Praça Riachuelo e a seta verde, a Praça Conde dos Arcos.
Esta praça é um terminal de ônibus e é também uma “feira do rolo”. As pessoas aglomeradas à direita participam da mesma de segunda a sábado. Antigamente, ao tempo dos trapiches, se faziam outros negócios nas proximidades.
Notem a quantidade de saveiros aportados na área. Impressionante! Por muito tempo, julgava-se que somente a rampa do antigo Mercado Modelo recebia os saveiros da Bahia. Esta foto mostra que a maioria aportava aqui.
Lá aportava um pequeno número de embarcações e foi muito posterior ao momento que essa foto registra, o que significa dizer que a Rampa do Mercado Modelo e ele próprio ainda não existiam.
Não existia nem o atual Porto, construído no principio do século XX. Funcionava na área o chamado Cais das Amarras, onde também atracavam os saveiros, contudo em menor número.
Por quê? Pelo fato de que nas proximidades, estava a grande maioria dos trapiches de Salvador, bem como os mercados, como o do Ouro, visto ao fundo da foto.
Sobre esses trapiches e mercados trataremos em postagens especiais, bem assim os saveiros, desde que é um assunto de elevada importância sócio-econômica. Através deles passaremos por uma era de ouro até chegarmos à decadência dos dias de hoje.
Por enquanto, digno de registro é a beleza da Praça Cais de Ouro. Era realmente extraordinária. Merecia o nome!
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