quarta-feira, 25 de novembro de 2009

COMÉRCIO - 2

Associação Comercial da Bahia (1817)

Estamos começando a presente postagem com esta sensacional foto de Salvador de antigamente. O mar chegava junto ao obelisco que fica em frente à Associação Comercial da Bahia. Reparem os dois lances paralelos de escadas. 10 degraus de cada lado. Um simples acesso dos ocupantes do palácio ao mar ou um cais de atracação de saveiros? Uma opção de prazer, um requinte ou uma razão econômica? Esta última é a menos viável. Ali perto, existia o Cais das Amarras, onde os saveiros do recôncavo e das ilhas aportavam para descarrego de suas mercadorias. O prazer nunca é descartável. Para tanto, alguém deve ter morado no palácio. Fala-se que foi residência dos Ximenez, Mestre de Campo D. Alonso Ximenez de Almiron. O requinte era inevitável naquela época, principalmente em se tratando de uma obra dessa natureza. Foi o primeiro prédio em estilo neoclássico, construído no País.
Não há sinal de nenhuma rua passando entre essas escadarias e o prédio como existe hoje, contornando os dois lados do obelisco. No local vê-se um jardim. O acesso aos setores à esquerda do prédio deveria ser feito pela hoje Praça Conde dos Arcos, aos fundos. Adiante, à esquerda, ficava a Praça Cais do Ouro, há poucos metros dali.
Hoje é assim.


O prédio visto da Praça Conde dos Arcos
Essa belíssima construção foi erguida no terreno da antiga bateria (obra fortificada com peças de artilharia) do Forte São Fernando, anteriormente chamado Cais Novo. Decorria o ano de 1811. Foi inaugurado no dia 28 de janeiro de 1817.



Vestígios do antigo Forte de São Fernando (no subsolo do prédio)

As despesas decorrentes da construção foram inteiramente bancadas pelos comerciantes da Bahia, principalmente os trapicheiros. No dia da inauguração foi oferecida uma espada de ouro a D. Marcos – Conde dos Arcos.

Conde dos Arcos




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